A 4ª Revolução Industrial

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A Quarta Revolução Industrial

Klaus Schwab defende que as mudanças tecnológicas são tão amplas que significam uma nova Revolução

Agora que se voltou a ouvir falar de Davos talvez seja oportuno relembrar a obra editada há dois anos pelo fundador do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab. No livro, intitulado A Quarta Revolução Industrial, que rapidamente se tornou um best-seller, Schwab defende que as mudanças tecnológicas são tão amplas que significam uma nova Revolução. Não uma revolução fabril, mas de todo o sistema. “Estamos no auge de uma onda de descobertas ligadas à conectividade: robots, drones, cidades inteligentes, inteligência artificial, pesquisas sobre o cérebro. Poucos estão atentos às suas implicações a longo prazo”, afirmou na altura à revista Time.

A 1ª Revolução Industrial marcou o primeiro momento em que se substituiu o trabalho braçal pela mecanização, durante a segunda metade do séc. XVIII e a primeira do séc. XIX. A principal fonte de energia, o carvão, alimentava as caldeiras que produziam o vapor usado para mover máquinas.

A 2ª utilizou novas fontes de energia e formas de organização industrial que viriam a dar origem à produção em massa a partir de meados do séc. XIX. O carvão cedeu a primazia à electricidade e ao petróleo e com o surgir do motor de combustão interna abriu-se a possibilidade de nascimento do automóvel. Na indústria, Henry Ford dá corpo a algumas das ideias de Taylor e implementa a divisão de tarefas e a produção em série.

A 3ª adoptou os computadores e as redes comunicacionais que transformaram toda a indústria. Com a integração do chip nasce a tecnologia da informação que iria permitir a recolha e processamento de grandes quantidades de dados. Com eles, as máquinas tornaram-se programáveis, e com a internet a comunicação fluída. Assim, electrónica e tecnologia da informação juntam-se para automatizar a produção na segunda metade do séc. XX.

Chegados ao séc. XXI, a 4ª revolução industrial faz a fusão de tecnologias, esbatendo as barreiras entre os domínios físico, digital e biológico. Tratam-se de avanços tecnológicos emergentes em campos como a inteligência artificial, robótica, internet das coisas, veículos autónomos, impressão 3-D, nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais, armazenamento de energia e computação quântica. Máquinas inteligentes ligadas entre si que podem tomar decisões autonomamente e produtos que, desenhados de forma digital, ganham vida digitalmente criada.

Contendo um enorme potencial para ligar mais milhões de pessoas à internet, estas tecnologias melhoram de forma dramática a eficiência das empresas e organizações. Do outro lado da moeda existem, inevitavelmente, riscos potenciais. Klaws Schwab salienta a preocupação de que as organizações não pudessem ou não quisessem adaptar–se a essas novas tecnologias e que os governos poderiam deixar de empregar ou de as regulamentar de forma adequada. Ele pergunta a dada altura no seu livro: “A questão para todas as indústrias e empresas, sem excepção, já não é se ‘haverá uma ruptura na minha empresa?’, mas ‘quando ocorrerá a ruptura, quanto tempo irá demorar e como ela me afectará a mim e à minha organização?’”. Jack Welch, muito antes, tinha afirmado aquilo que poderá ser uma resposta a esta questão: ‘se a mudança no lado de fora da sua empresa for mais rápida que a do lado de dentro, o fim está próximo’.

 

João Nuno Patrício

CMO

YCORN.COM

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