O sucesso do FaceApp é incontestável. Basta uma breve conferida nas redes sociais para perceber o fenômeno que se tornou entre o público. Desenvolvido pela empresa russa Wireless Lab, ele já é líder em downloads de aplicativos gratuitos. Apesar de todo o sucesso, foi outro tema que colocou o aplicativo nas manchetes. Questões relacionadas aos Termos de Uso e Política de Privacidade dos dados trazem dúvidas sobre sua credibilidade.
Os textos sugerem que a empresa pode ter acesso aos dados dos usuários, como as fotografias tiradas pelo serviço e histórico de navegação. Em um trecho pode-se ler: “Usamos ferramentas de análise de terceiros para nos ajudar a medir o tráfego e as tendências de uso do serviço. Estas ferramentas reúnem informação enviada pelo seu dispositivo ou pelo nosso serviço, incluindo as páginas web que visita, add-ons, e outra informação que nos ajude a melhorar o serviço”.
A alegação da empresa é de que os dados serviriam para melhorar a navegação e oferecer conteúdo segmentado. Mesmo assim, a postura foi alvo de crítica de especialistas. Stilgherrian, comentarista de tecnologia da ABC News, alega que “esta é uma política de privacidade padronizada, que efetivamente oferece a você nenhuma proteção”.
David Vaile, presidente da Fundação Australiana de Privacidade, também é enérgico: “O reconhecimento facial está rapidamente a tornar-se um dos elementos-chave da identidade digital e, portanto, as pessoas devem considerar a proteção da sua imagem”. Enquanto alguns são contra a utilização do FaceApp, há quem defenda que ele não é o único programa que tem nosso rosto associado ao nosso nome, como Facebook e Instagram, e nem por isso abdicamos deles.
Esta não é a primeira vez que o FaceApp se envolve em polêmica. No passado, por conta de um filtro chamado “sparkle” (brilhar, em português), que deixava a tonalidade de pele mais clara, a empresa foi acusada de racismo. Na ocasião, Yaroslav Goncharov, fundador do aplicativo, se desculpou publicamente e prometeu melhorar o serviço.
O aplicativo existe desde 2017, entretanto, voltou a popularizar nos últimos dias. Segundo os desenvolvedores, o FaceApp usa inteligência artificial para digitalizar o rosto dos usuários e deixá-los mais velhos, mais novos, trocar o sexo, entre outros filtros. Curiosamente, o sucesso veio após outro viral que conquistou as redes no início deste ano: o Ten Years Challenge. Como o próprio nome sugere, o objetivo era a publicação de uma foto no ano de 2009 ao lado de uma foto atual. Seria exagero dizer que o desafio serviu de estágio para o FaceApp aperfeiçoar seu serviço? É uma questão de ficar atento às novidades e aguardar a próxima onda do mundo da tecnologia.
Se quiser saber como você irá parecer no futuro, pode fazer o download do FaceApp pelo Android ou iOS. Mas lembre-se de ler os termos e condições de uso.
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